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Publicado na Edição 323 Dezembro 2021

Acervo FAMS

Santista autor de best sellers juvenis

Pedro: “Fui aprendendo a criar um estilo para cada público”

Santista autor de best sellers juvenis

O Programa Memória-História Oral entrevistou o escritor Pedro Bandeira em 29 de maio de 2012, no Museu de Imagem e do Som de Santos (MISS). Em seu depoimento, Bandeira fala sobre sua infância passada no bairro do Embaré, suas lembranças nas escolas onde estudou e sobre sua carreira de sucesso como autor de livros dirigidos ao público juvenil.

Pedro Bandeira de Luna Filho nasceu em Santos em 9 de março de 1942, e passou a infância em uma casa ao lado do famoso templo que leva o nome do bairro, a Basílica Santo Antônio do Embaré. Estudou no Grupo Escolar Visconde de São Leopoldo e nos colégios Cesário Bastos e Canadá.

Bandeira é um dos mais vendidos autores de literatura infanto-juvenil no Brasil, com mais de 20 milhões de exemplares vendidos. Com mais de 50 obras publicadas, o autor coleciona também premiações importantes, como o troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, o prêmio Jabuti, o prêmio da Câmara Brasileira do Livro, a Medalha de Honra ao Mérito Braz Cubas e diversos outros.

O escritor se mudou para a capital em 1961 para estudar Publicidade na Universidade de São Paulo (USP). Durante os anos de 1960 também trabalhou como ator, diretor e cenógrafo, atuando ainda, desde o início da mudança para São Paulo, como jornalista e freelancer, tendo, nos anos de 1970, colaborado e escrito para jornais e revistas, como o jornal Última Hora e diversas publicações da editora Abril.

Bandeira obteve enorme sucesso já com a edição de seu primeiro livro, a publicação infantil “O dinossauro que fazia au-au”. Mas o reconhecimento e os altos números de venda vieram mesmo com o segundo, direcionado a adolescentes, “A droga da obediência”, que vendeu mais de um milhão e meio de exemplares. A partir de 1983, Pedro Bandeira passou a se dedicar inteiramente à literatura. O autor sempre ressalta o quanto foi importante sua experiência como jornalista: “Trabalhei em editoras diversas escrevendo sobre quase tudo, desde publicações voltadas ao público jovem até publicações técnicas. Fui aprendendo a criar um estilo para cada público”.

Com “A Droga da Obediência”, Bandeira inicia uma série de obras – tais como “Pântano de Sangue”, “Anjo da Morte”, “A Droga do Amor” e “Droga de Americana” – e outros títulos envolvendo os personagens Os Karas, um grupo de amigos que investiga eventos misteriosos como detetives amadores.

Pedro Bandeira estabeleceu-se também como palestrante por todo o país, realizando conferências e debates sobre leitura, letramento e alfabetização, em encontros voltados especialmente para alunos e professores. Sempre indagado sobre a origem de onde consegue tirar tanta criatividade e inspiração, o autor aponta com frequência que a inspiração para seus escritos brota de qualquer experiência que tenha vivenciado ao longo de sua vida pessoal e também das mais diversas obras pelas quais já se aventurou como leitor. E que, às vezes, quando falta inspiração para escrever, Bandeira recorre aos milhares de e-mails, mensagens e cartas que lhe chegam todos os dias de milhares de fãs em todo o país.

Veja o depoimento completo de Pedro Bandeira no canal oficial do Programa Memória-História Oral no Youtube, em www.youtube.com/programamemoriahistoriaoral

Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br

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