Tá estressado? Vá fotografar!

Leandro Ayres

EM um mundo cada vez mais polarizado e conflituoso, somado às extenuantes rotinas de trabalho e trânsito urbano que exigem nervos de aço, como vivemos nos dias atuais, faz-se necessária uma fuga mental, na qual passamos de vítima a contemplador desta situação e, desta forma, acreditem (!), é possível ver beleza no caos.

Assim como toda arte, a fotografia é um meio de expressão que conecta os mundos internos e externos do indivíduo, através de seus significados. É a criação estética e a elaboração artística em prol da qualidade de vida.

Essa pode ser a explicação para o grande número de fotógrafos amadores que tem surgido, o sucesso das saídas fotográficas e o grande fluxo de fotos disponibilizadas e discutidas na internet. Ou seja, a fotografia tem se mostrado como uma terapia, ainda que não formal, não um programa, mas uma atividade que melhora a qualidade de vida. Como acontece em outras terapias, a fotografia como hobbie nos traz momentos de lazer, oportunidade para relacionamento humano e busca por autoconhecimento.

Cada vez que paramos para fotografar, e se fazemos isso com o coração, somos afetados. Isto atinge nosso lado afetivo, o lado dos sentimentos, da emoção, da intuição; o lado que nos permite um real contato com outras pessoas, com o mundo e até com a sua espiritualidade.

Muitas pessoas usam a fotografia para se expressar, quando muitas vezes de outras formas não dão conta de extravasar, passar uma mensagem, até para si mesmos. A fotografia digital tornou o autorretrato, ou a selfie como é mais chamado, mais presente e, às vezes, essa é uma forma de mostrar sentimentos difíceis de revelar em palavras. É uma forma de se reconhecer, de se entender, de se mostrar.

Seja para se divertir, fazer amigos, se expressar ou se conhecer melhor, a fotografia é uma ferramenta terapêutica com grande potencial! A recomendação vale para todos: tá estressado? Vá fotografar!