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Publicado na Edição 271 Agosto 2017

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Luiz Carlos Ferraz

Os recentes atentados terroristas na Catalunha, Espanha, reforçam a triste perspectiva de que a sonhada paz entre as nações está cada dia mais distante. Além de uma simples impressão, a realidade demonstra que é crescente a possibilidade de continuarem – na esteira das interpretações dos analistas internacionais, de que as ações em Barcelona, que resultaram em 14 mortes e mais de 100 feridos, revelam mudanças fundamentais no modus operandi dos extremistas do Estado Islâmico. Aliás, a bem da verdade, os ataques já acontecem com certa frequência, notadamente em países da Ásia e África, que concentram 75% deles, mas que não retumbam como na Europa e EUA. Em 2016, segundo dados da Global Terrorism Database, 34.623 pessoas foram vítimas de atentados terroristas, sendo 71% de quatro países: Iraque, Afeganistão, Síria e Somália. Outro dado é que, apesar da ação organizada de diferentes grupos, como o Talibã, o Boko Haram e o Al-Shabaab, o Estado Islâmico lidera a autoria das ações. Assim, embora os ataques em países do Ocidente continuem sendo em menor escala, a repercussão que eles conquistam nos surpreende e nos aterroriza de forma avassaladora, espalhando medo entre os cidadãos. Hoje, o alerta máximo é na Itália, por ser o berço do Cristianismo, mas qualquer cidade de qualquer país está no alvo dos jihadistas.

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