Edição 350Março 2024
Terça, 16 De Abril De 2024
Editorias

Publicado na Edição 336 Janeiro 2023

Herói da Pátria!

Luiz Carlos Ferraz

É justo fazer coro às homenagens a Pelé – o Rei do Futebol, o Atleta do Século XX – que há de ser incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, ao lado, por exemplo, de Tiradentes e Zumbi dos Palmares. Quem viveu na época em que atuou, certamente é grato por ter sido inspirado por ele, ao vê-lo jogar nos estádios do mundo, especialmente no “alçapão” da Vila Belmiro, do Santos Futebol Clube, ou ouvir façanhas, como parar uma guerra na África. Após o auge na carreira profissional, foi possível observá-lo em alguns de seus lances como empresário, a partir do precioso conceito de business que aprendeu com Júlio Mazzei. Afinal, o saudoso professor, que foi preparador físico do Alvinegro Praiano de 1965 a 1972, tornou-se um de seus melhores amigos, na esteira do trabalho desenvolvido no clube. Foram parceiros na divulgação do esporte em clínicas realizadas pelo mundo, sob patrocínio da Pepsi, e em especial nos anos de 1975 a 1977, quando Pelé jogou no New York Cosmos, revolucionando o futebol soccer nos Estados Unidos. Desde a morte do cidadão Edson Arantes do Nascimento, em 29 de dezembro passado, as jogadas de Pelé e Edson estão sendo revisitadas, revelando anos de muito trabalho e que geraram frutos, alguns bons, outros nem tanto… Afinal, nestes dias de notoriedade instantânea, quando o meio supera o conteúdo e faz proliferar personagens falsos, é compreensível a multidão de pessoas que se mobilizou para a derradeira despedida do ídolo neste plano material. Sim, pois no espiritual – nunca é demais repetir – Pelé eternizou-se… Diferente do cidadão Edson, que, como qualquer mortal, será sempre sinônimo da imperfeição humana e de sua incessante busca por perdão.

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