Edição 351Abril 2024
Quarta, 24 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 326 Março 2022

Ano positivo para a construção

Apesar da turbulência que marcará 2022, tanto do ponto de vista econômico quanto político, há sinais de que o período não será ruim para as construtoras. “Nosso setor precisará lidar com dificuldades como custo dos reajustes salariais e escassez de mão de obra qualificada”, afirmou o presidente do SindusCon-SP, Odair Senra.

Para Senra, não aconteceu o 2021 marcado pela retomada robusta da economia e da atividade do setor pós-pandemia, e pelo avanço de reformas estruturais necessárias à atração de investimentos: “Mesmo assim, apesar de todas as dificuldades, como o aumento abusivo dos preços dos materiais de construção, a indústria da construção resistiu, incrementou sua atividade e gerou novos empregos”. Em relação ao que esperar para 2022, o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, lembrou que as construtoras têm contratos para manter um bom nível de atividades no ano, deve haver ainda um relativo reforço por conta das concessões em infraestrutura, e reflexos nas obras de infraestrutura em diversos Estados por conta do ano eleitoral.

A perspectiva é de um crescimento do PIB da construção acima do esperado para o PIB nacional, sendo ainda maior para as empresas do setor, com reflexo positivo no aumento do emprego. A expectativa para o crescimento do PIB da construção para 2021 é de 8% e de 2% para 2022. As projeções foram apresentadas por Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre (Instituto de Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Entre as questões que merecem especial atenção em 2022 no cenário econômico estão a queda da renda real, a elevação das taxas de juros, a redução do ritmo de atividade e a maior percepção de risco e incerteza. Em relação ao emprego, espera-se que a taxa de crescimento anual em 2022 seja 4,4%, o que representará mais de 110 mil postos, de acordo com os dados apresentados. A indústria da construção brasileira abriu 12.485 empregos em novembro (+0,52%). No ano, o setor criou 298.695 postos de trabalho com carteira assinada (+14,18%). Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

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