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Publicado na Edição 277 Fevereiro 2018

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O perigo da nomofobia

Uso problemático do smarthfone traz consequências físicas e psicológicas

O perigo da nomofobia

Estar desconectado do smartphone parece cada vez mais impossível a um crescente número de pessoas, chegando mesmo a revelar um padrão de dependência. Para a coach familiar, especializada em desenvolvimento humano, Valeria Ribeiro, é importante estar atento para o perigo disfarçado de entretenimento: “Ao acordar é preciso dedicar as primeiras horas do dia exclusivamente para cuidados consigo próprio. Caso note a dependência de smartphone em você ou em seus filhos, procure o psiquiatra de sua confiança”. Apesar das vantagens de se estar conectado com as redes sociais, algumas pessoas podem apresentar o distúrbio conhecido como Nomofobia, palavra derivada da abreviação de no-mobile-phone phobia.

Segundo dados da pesquisadora brasileira Anna Lúcia King, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 34% dos entrevistados de diversas faixas etárias e classes sociais afirmam ter alto grau de ansiedade quando seu aparelho celular não está por perto. Desde a infância o uso problemático do aparelho também foi alvo de pesquisa, que apontou que durante os 18 primeiros anos de vida consome-se mais de 20 mil horas conectado.

Hoje, crianças e adolescentes têm cada vez mais liberdade a utilizarem a tecnologia como principal fonte de entretenimento. Esse comportamento, contudo, sem o devido acompanhamento dos pais, pode acarretar problemas físicos, psicológicos e alterar as habilidades de relacionamento interpessoal na vida desses futuros adultos.

Não é pelo fato de se estar sempre conectada que a pessoa pode ser classificada como nomofóbica. Há fatores que devem ser avaliados, como sinais e sintomas muito semelhantes com a dependência de drogas. E mais:

Apego: usar do smartphone como bengala para suas reações emocionais, assim como quando se está cabisbaixo.

Abstinência: preocupação excessiva ao perder chamadas ou mensagens e inquietação sempre que precisa desligar o telefone.

Perda de responsabilidade: atraso em compromissos, gastos imprevistos nas contas de telefone e redução de produtividade no estudo e trabalho

Perda de controle: falta de atenção aos amigos e familiares e conexão durante longos períodos, sem intervalo algum.

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