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Sábado, 20 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 288 Janeiro 2019

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Fazendo xixi na cama

Vale acompanhamento psicológico familiar

Fazendo xixi na cama

A enurese, um transtorno que causa a perda involuntária da urina durante o sono, atinge até 15% das crianças com mais de cinco anos de idade, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), e causa restrições que às vezes não são identificadas pelos pais. Além de um rápido diagnóstico para início imediato do tratamento, o acompanhamento psicológico é muito importante, tanto para a criança quanto para a família.

“As crianças que fazem xixi na cama queixam-se de não poderem dormir na casa de amigos e familiares, e assim ficarem de fora da famosa ‘Noite do Pijama’, atividade comum com os colegas”, diz a médica Cacilda Andrade de Sá, professora na Faculdade de Medicina da UFJF e coordenadora do Serviço de Psicologia do Ambulatório de Enurese do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF). A especialista acrescenta que o transtorno impacta diretamente a vida escolar e o convívio social, além da afetar a autoestima e a qualidade de vida dos pequenos.

Um estudo realizado em escolas públicas de Juiz de Fora mostrou que apenas 4,81% das crianças com enurese buscavam auxílio médico. Em uma avaliação inicial feita com crianças e adolescentes que sofrem com o transtorno, os médicos constataram que uma das maiores consequências da enurese é a punição sofrida por causa da perda urinária. A criança é culpada por aquilo que, para ela, já é um castigo: “acordar molhada”.

O diagnóstico pode ser feito observando a evolução da criança quanto ao desenvolvimento psicomotor e à capacidade de enchimento e esvaziamento da bexiga.

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