Edição 351Abril 2024
Quinta, 25 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 325 Fevereiro 2022

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Exame de retina prevê infarto

Diagnóstico analisa os vasos da retina

Exame de retina prevê infarto

Mediante a utilização de inteligência artificial (IA) é possível antecipar em um ano o diagnóstico de infarto, a maior causa de mortes no mundo. O estudo foi divulgado pela revista científica Nature e, segundo explicou o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, o exame de fundo de olho é capaz de detectar doenças sistêmicas através de alterações nos vasos da retina: “Em tempo de pandemia o consultório oftalmológico é a porta de entrada para um check-up com menor risco de contrair Covid-19. Podemos dizer sem exagero que os olhos são a janela do corpo”. O especialista frisa que os vasos da retina também indicam diabetes, hipertensão arterial e outras alterações vasculares que estão diretamente relacionas à saúde do coração.

O sistema que adota a IA foi desenvolvido no Reino Unido e faz uma análise mais profunda da saúde vascular por meio de uma complexa combinação de algoritmos. Queiroz Neto afirma que o novo sistema dá um salto de qualidade na preservação da vida por um custo menor. Isto porque antecipa o risco de infarto pelo tamanho e eficiência de bombeamento do ventrículo esquerdo. Até hoje estas alterações cardíacas são diagnosticadas por ressonância magnética ou ecocardiograma, que têm um custo mais elevado que o exame de fundo de olho.

Ele ressalta que, embora o exame de fundo de olho tradicional permita mapear todo nosso organismo, ele não é preventivo. Isto porque faz o diagnóstico de doenças já instaladas, entre elas, a hipertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, tuberculose, toxoplasmose, lepra, Aids, e até tumores intracranianos: “Para ser realizado instilamos um colírio no olho do paciente para dilatar a pupila e usamos um oftalmoscópio, lente com capacidade de aumentar diversas vezes o nervo óptico, retina e vasos. Por isso, conseguimos prever o risco de retinopatia em diabéticos, bem como as frequentes alterações nos rins para orientarmos o paciente sobre tratamentos”.

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