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Publicado na Edição 319 Agosto 2021

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Dermatite atópica e saúde mental

Sintomas da doença estão associados ao bullying

Dermatite atópica e saúde mental

Além das lesões e marcas aparentes na pele e da coceira excessiva, pacientes de dermatite atópica (DA) enfrentam, em muitos casos, os reflexos da doença também na saúde mental. Entre 11% e 21% das pessoas sofrem com a DA em todo o mundo, sendo que a faixa etária mais acometida é a infância. Considera-se que 60% dos casos iniciam-se no primeiro ano de vida, principalmente entre três e seis meses de idade, e entre 85% a 90% dos casos até os cinco anos de idade.

Os sintomas da enfermidade também surgem quando as crianças iniciam a vida escolar e passam a frequentar ambientes em que o bullying está presente. “A dermatite atópica afeta muito mais do que a pele”, afirma a dermatologista Paula Ferreira, médica do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e consultora da Libbs Farmacêutica: “Se por um lado o estresse pode ser um gatilho, por outro a própria doença em si gera ansiedade. Além disso, é perceptível em alguns casos a ocorrência de bullying com as crianças e jovens pacientes dessa enfermidade, levando o acometido a adotar um comportamento introvertido e querer muitas vezes se esconder e se isolar. O apoio psicológico é parte importante do tratamento da DA”. A dermatite atópica é uma doença crônica, mas alguns cuidados podem ajudar o paciente a lidar com seus sintomas da melhor maneira possível. O cuidado contínuo com a pele é fundamental para prevenir crises, controlar as manifestações da doença e garantir bem-estar ao acometido pela DA. “A pele atópica precisa de atenção o tempo todo. Por isso o paciente precisa ficar atento à hidratação: a pele do paciente com dermatite atópica é sempre mais seca. E a pele seca é sempre mais sensível e vulnerável, por isso usar o hidratante apropriado deve ser um hábito diário, mesmo quando pareça que a pele não precisa”, frisa Paula.

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