Edição 351Abril 2024
Quarta, 24 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 264 Janeiro 2017

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Brincando ao ar livre

Incentivo à criatividade, habilidades sociais e resiliência

Brincando ao ar livre

Pesquisa publicada no International Journal of Environmental Research and Public Health revelou que as crianças que participam de atividades físicas ao ar livre, como escaladas e saltos, jogos em grupo e atividades de exploração sozinhas, apresentam mais saúde física e social. E mais: brincar ao ar livre não é apenas bom para a saúde, mas também incentiva a criatividade, as habilidades sociais e a resiliência, pois esses ambientes onde as crianças “podem correr riscos” aumentam o tempo de jogo e as interações sociais.

Segundo os pesquisadores, os resultados positivos incentivam a reflexão sobre a importância de serem apoiadas as crianças nas oportunidades de se arriscarem ao ar livre como um meio de promover a saúde e um estilo de vida ativo.

“Playgrounds que oferecem elementos naturais, como árvores e plantas, mudanças de altura e liberdade para que as crianças se envolvam em atividades de sua própria escolha, têm impactos positivos na saúde, comportamento e desenvolvimento social. Esses espaços dão às crianças a chance de aprender sobre o risco e sobre seus próprios limites”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Preocupações com a segurança, como ferimentos, foram apontadas pelos autores do estudo como a principal razão para limitar o acesso das crianças às brincadeiras ao ar livre. Os pesquisadores apuraram que os padrões de segurança dos playgrounds e o excesso de supervisão impedem as crianças de se envolver em atividades arriscadas.

“Monitorar as atividades das crianças pode ser uma abordagem mais apropriada do que a supervisão ativa. Considerar políticas, práticas e abordagens ambientais voltadas para o ar livre, onde haja equilíbrio entre segurança e os resultados positivos para a saúde das crianças é o mais recomendado”, orienta Chencinski.

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